Manhã de sexta-feira, 25, um dia depois das comemorações da vitória do Brasil na Copa, Waldemir Catanho e Augusta Brito chegam às oito horas na Secretaria de Cidades. O madrugador secretário Marcos Cals já aguardava os dois para abrir o catálogo contendo as informações sobre a mais poderosa Pasta do Governo do Ceará, na área de ligação entre o Estado e os municípios.
Em números, a Secretaria de Cidades tem orçamento de R$ 800 milhões e movimenta mais de R$ 1 bilhão em financiamentos estrangeiros. Tem mais de 600 convênios com prefeituras, para construir calçada, habitação, esgoto e saneamento, bem como bancar passagem de ônibus. É uma superestrutura tocada por Marcos Cals, três secretários adjuntos e nove coordenadores.
Politicamente, a Pasta está na cota do PDT, mas o destino político do deputado Zezinho Albuquerque colocou a secretaria sob controle do PP. O órgão, também, já passou pelo controle do PT. Pela importância política, deve voltar ao controle da esquerda. A Secretaria de Cidades está incluída no âmbito social. O governo Elmano terá como prioridade as áreas de saneamento e habitação.
Catanho e Augusta saíram impressionados com a amplitude da Pasta em todos os municípios. O material recebido será colocado em relatório e analisado na Comissão de Transição, coordenada por Eudoro Santana. A Cidades é um paraíso político.