O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, deixou a sede do PDT, onde a executiva do partido se reuniu para aceitar a manutenção da aliança com o PT no Ceará e ratificar apoio à candidatura do governador Camilo Santana ao. Senado Federal, ao lado do senador Cid Gomes. Eles partiram para conversar. A pauta, claro, era sobre quem vai para a disputa de eleição na Assembleia e quem ficará de fora. Cid está montando o cenário para a janela partidária em março.
O governo Camilo tem ampla base na Casa. Se apertar, possui 36 votos e cabe ao presidente Evandro Leitão manter os deputados em sintonia e harmonia, um papel difícil, por conta da complexidade que envolve os interesses dos parlamentares fora do ambiente legislativo, nas suas bases eleitorais.
Hoje, o grupo liderado por Cid tem 16 partidos. Na sua entrevista, Cid Gomes disse que irá procurar todos os presidentes de siglas e o trabalho começará pelas 10 maiores. O comando do PDT incluiu até mesmo o PL, partido a que o presidente Bolsonaro está filiado. No Ceará, o Partido Liberal é comandado pelo prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, aliado de Ciro e Cid, há 30 anos.
A missão dos candidatos a deputado no processo eleitoral é de grande importância. São puxadores de votos. Quanto mais candidatos, maiores as chances de vitória dos majoritários. No caso do presidente da Assembleia, é tarefa manter por perto os donos da maioria dos votos, os deputados que praticamente tem mais chances do que a grande parte que sonha em ocupar, pela primeira vez, uma das 46 cadeiras do parlamento cearense.
Na conversa com a imprensa, Cid Gomes disse que o projeto do PDT é eleger 17 deputados estaduais porque não serão formalizadas coligações para a disputa proporcional.
Evandro Leitão articula para além deputados, na junção de pré-candidatos que não foram eleitos, mas que receberam boa votação. Recentemente, reuniu dezenas de lideranças que estão na marca dos 30 mil votos. Eles serão abrigados em legendas menores para que possam chegar à Assembleia Legislativa.