O cerco ao União Brasil em todo o país, para que a sigla não feche questão sobre alianças nos estados, excluindo o PT e outras legendas de esquerda e centro-esquerda, começa a surtir efeito. Nos estados, a decisão sobre aliados será local. Nacionalmente, o partido deve se posicionar junto a direita na sucessão presidencial, defendendo o candidato escolhido.
Em sua passagem pelo Ceará, o pré-candidato à presidência, Ronaldo Caiado, deixou claro que a disputa presidencial já está em pré-campanha, mas que os dirigentes do partido ainda não sentaram para discutir 2026.
No Ceará, o União Brasil é aliado do governo Elmano e da gestão do prefeito Evandro Leitão em Fortaleza. Na bancada federal, o entendimento e o diálogo são claros com os deputados Moses Rodrigues, Fernanda Pessoa e Danilo Forte. Eles mantêm a aproximação com o Estado porque não podem virar as costas a projetos que dependem de recursos oriundos de emendas parlamentares.
Na Assembleia Legislativa, o partido tem parlamentares com trânsito direto no Palácio da Abolição, enquanto outros mantêm distanciamento e até fazem oposição dura.
É característica do União Brasil – e de outros partidos do centrão – estar no governo e transitar livremente para realizar e executar políticas públicas. Será difícil, no Ceará, o União Brasil ser realmente oposição à reeleição do governador Elmano.