O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, durante entrevista (presencial e on-line) na manhã de hoje (27), no Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), destacou a importância da realização do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global, que ocorrerá em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará, de 11 a 13 de junho deste ano. “Será um encontro justamente para pensar indicadores a partir da realidade dos países do Sul Global, quehoje são os principais países do dinamismo econômico do mundo” – afirmou.
Durante três dias o Ceará vai ser o centro de debates no mundo sobre indicadores saúde, orçamento, educação, cultura, favelas e comunidades urbanas, economia, finanças, meio ambiente, trabalho, cor e raça, turismo, comunicação, memória, entre outros temas. Mais de 100 palestrantes, nacionais e internacionais,debaterão os atuais e novos indicadores sob a perspectiva do Sul Global na Era Digital. Além de destacar a importância do evento, Marcio Pochmann abordou a programação, bem como a grande participação nacional e estrangeira.
“É um fórum com uma diversidade temáticamuito grande. São três dias de discussões e de preparação para que também os nossos gestores, aqueles que tomam decisões, seja no ambiente público, seja no privado, tenham melhores condições de tomar as decisões a partir de uma visão mais ampla do Brasil e do mundo” – frisou o Presidente do IBGE.
O Triplo Fórum, além das delegações oficiais, já tem presenças confirmadas de representantes de mais de 30 países e terá 35 mesas temáticas.
Pochmann fez questão de observar o “ineditismo”, tanto para o Ceará como para o Brasil, “poder realizar um fórum desta natureza que atrai estudiosos, especialistas, especialmente provenientes dos países do Sul Global, envolvendo tanto os BRICS ampliados, como também países da África, países que estão reunidos em torno do Mercosul e ainda países sul-americanos que fazem fronteira com o bioma amazônico”. Nos últimos 500 anos – ressaltou - foi passado para todos que a modernidade e o desenvolvimento vinham do Norte. No entanto, existe, no primeiro quarto do século XXI, a clara percepção que o dinamismo e a modernidade estão vindo cada vez mais dos países do chamado Sul Global, sendo necessário, portanto, que se tenha uma perspectiva diferente do passado.