Os municípios cearenses de Acopiara e Milhã foram oficialmente reconhecidos em situação de emergência pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) nessa terça-feira, 10, devido à seca e à estiagem, respectivamente. As cidades, localizadas a mais de 300 km de Fortaleza, estão entre outras 20 localidades nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, também afetadas pela falta de chuvas.
A seca em Acopiara está ligada a um longo período de precipitação abaixo da média, enquanto a estiagem em Milhã se refere à ausência de chuvas em momentos habitualmente chuvosos. Embora as migrações em massa tenham diminuído nas últimas décadas, os impactos econômicos persistem.
A Defesa Civil de Milhã relatou que a estiagem vem causando perdas severas na produção agrícola e consequente queda na produção pecuária. Além disso, a população enfrenta dificuldades de acesso à água devido à escassez nos açudes e cisternas da região. Embora medidas emergenciais como perfuração de poços e envio de carros-pipa estejam em andamento, as ações têm sido insuficientes para mitigar os danos causados pela falta de chuvas.
Acopiara, por sua vez, enfrenta desafios semelhantes, mas até o fechamento desta matéria, a Prefeitura local não havia se pronunciado sobre os esforços de combate à seca. A falta de infraestrutura hídrica adequada e a escassez de políticas públicas robustas continuam a agravar a situação, deixando a população cada vez mais vulnerável aos impactos desse fenômeno climático.
Outras cidades da região Nordeste também entraram na lista de emergência por seca e estiagem. Entre os municípios afetados estão Santana do Ipanema (AL), Pedro Alexandre (BA), Itaporanga (PB) e Flores (PE). O reconhecimento da situação de emergência é um passo crucial para que essas regiões recebam apoio federal, podendo garantir mais recursos para ações de mitigação e assistência às populações afetadas.