“O Ceará tem o sonho de chegar ao dia em que os criadores não precisem mais vacinar o seu rebano, mas, até chegar esse dia, nós temos que vacinar muito. É hora de vacinar”, afirmou o governador Elmano de Freitas ao anunciar, nesta segunda-feira (30), o início da segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa 2023. Durante live realizada no Palácio da Abolição, com as presenças de representantes de todos os segmentos envolvidos, o chefe do Executivo estadual destacou a importância da mobilização e do compromisso de todos. “Temos que alcançar pelo menos 90% do nosso rebanho vacinado”, alertou, acrescentando que será feita uma grande campanha de chamamento dos criadores.
A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), é a responsável pela campanha, que prosseguirá até o dia 30 de novembro para aquisição da vacina, e 15 de dezembro para a declaração da vacinação e atualização cadastral, junto à Agência. Nesta etapa, devem ser vacinados apenas bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade, totalizando cerca de 925 mil animais. A declaração da vacinação junto à Adagri pode ser feita acessando o Portal do Produtor, no site da Agência, ou de forma presencial nos Núcleo Locais da Agência ou dos escritórios parceiros em cada município.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Moisés Braz, lembrou que “temos avançado muito no combate à Febre Aftosa, pois estamos, de fato, livres com a vacinação”. A principal preocupação, segundo ele, é sensibilizar os pequenos agropecuaristas. “É neles que temos mais dificuldade de chegar. Por terem poucos animais, acham que não é tão importante vacinar”. Para conseguir se comunicar com esse público, além de uma ampla campanha de comunicação, o Estado, representado pela Adagri, SDA e vinculadas, está à disposição do público-alvo, inclusive para a ações de capacitação, conforme Braz.
O deputado estadual De Assis Diniz, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, comentou que a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) tem se empenhado na conscientização dos criadores e debatido a importância da vacinação e da sanidade animal para o Estado, inclusive com a realização de audiências públicas nos municípios sobre o tema. Ele argumentou que tornar-se “zona livre da aftosa é importante para agregar valor à economia e para o fortalecimento da pecuária cearense”, isso tendo em vista o fim das barreiras sanitárias e o do comércio de animais vivos, produtos e subprodutos da agropecuária interna e externamente.
São parceiros da Campanha a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec/Senar), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) e secretarias municipais de Agricultura.
Resultados da primeira etapa
A primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, realizada de 2 de maio a 17 de junho, atingiu o índice 91,81% de vacinação de bovinos e bubalinos no Ceará. O resultado é superior ao do mesmo de período de 2022, quando o índice chegou a 91,31%. O rebanho cearense conta conta, aproximadamente, 2,7 milhões de animais. Dos 184 municípios cearenses, 12 atingiram o índice de vacinação de 100% do rebanho. Foram eles: Alcântaras, Antonina do Norte, Cariús, Graça, Itaitinga, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Morrinhos, Pacatuba, Piquet Carneiro, Senador Sá e Uruburetama. Já 120 municípios vacinaram seu rebanho acima de 90%, 42 municípios vacinaram acima de 80% e apenas 10 municípios vacinaram abaixo de 80%.