A deputada Marta Gonçalves protocolou na Assembleia Legislativa o projeto de indicação que autoriza a realização de mutirão denominado “Cuidar de Quem Cuida” para prevenção do câncer de mama e outras doenças que acometem mães atípicas, a ser realizado na última semana do mês de outubro de cada ano. O projeto tem por objetivo conscientizar a população quanto às dificuldades das mães atípicas enfrentam e, em especial, realizar atividades informativas e preventivas do câncer de mama e outras doenças.
Durante a programação poderão ser realizadas atividades e campanhas pelo poder público, em cooperação com a sociedade civil organizada e entidades privadas, para intensificar as medidas de informação da prevenção do câncer de mama e outras doenças em mães atípicas. O termo mãe atípica corresponde às mães de pessoas com deficiência ou doenças raras e chama a atenção da sociedade para que perceba as necessidades de quem cuida de pessoas com deficiência, mostrando que essas pessoas também precisam de cuidados.
Segundo estudo publicado pela Revista Científica PloSOne, as mães de crianças com deficiências intelectuais ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm saúde mais fraca que outras mães. Tal fator decorre da energia que essas responsáveis gastam nos cuidados com os filhos com deficiência ou doenças raras, colocando em segundo plano seus próprios cuidados. A pesquisa alerta ainda para os riscos consideravelmente maiores de desenvolvimento do câncer de mama, que são entre 40% e 50% maiores que das outras mães. As estatísticas também indicam que possuem 150% mais risco de doenças cardiovasculares e 200% mais chances de acidentes diversos.
Segundo a deputada, a realização de mutirão com mães atípicas no Outubro Rosa terá por finalidade ampliar as medidas de apoio com campanhas educacionais, buscando também métodos para reestabelecer a autoestima dessas mães com atividades lúdicas que incentivem a inclusão e a acessibilidade. “O Cuidar de Quem Cuida busca também destacar a situação dessas mães na sociedade, que, frequentemente, cuidam sozinhas de seus filhos que exigem maior atenção e maiores gastos, possuindo rotinas excessivamente exaustivas. Objetiva ainda possibilitar o ativismo, engajamento, participação social e política das mães atípicas e responsáveis legais atípicos por meio da constituição de uma rede de apoio”, conclui.