O Ceará tem 800 mil hectares de terras à disposição para a reforma agrária, segundo a Federação da Agricultura do Estado do Ceará (FAEC), dirigida por Amílcar Silveira, um líder do agronegócio, que tem elogiado as atitudes do governador Elmano para pacificar o meio rural e estimular a cadeia produtiva no campo.
O Diário Oficial do Ceará, divulgado na quarta-feira, 19, trouxe um decreto do governador que institui o Grupo de Trabalho Institucional de Conflitos Fundiários do Estado do Ceará. A finalidade é mediar conflitos fundiários urbanos e rurais em todo o território cearense.
O Grupo de Trabalho foi criado após uma longa reunião entre o governador e lideranças do Movimento Sem Terra no Ceará. O texto demonstra claramente a intenção do governo de ser o primeiro Estado a resolver conflitos no campo. A tensão não cabe nesse momento em que a ala mais à esquerda do PT e outros partidos socialistas ocupam mais espaço no espectro das políticas públicas oficiais.
O Grupo de Trabalho tem a intenção clara de pacificar. O governador não incluiu entidades ligadas ao setor produtivo, como a Federação da Agricultura, a Fetraece e
MST. Essas entidades serão a parte fundamental para o grande movimento que vai resolver todos os conflitos.