sábado, 2 de abril de 2022

Cid Gomes considera Moro um oportunista que envergonhou o Poder Judiciário


O senador Cid Gomes, líder do PDT no Senado Federal, nunca teve simpatia pelo juiz e, agora, pelo político Sérgio Moro. Cid, sempre, entendeu que Moro não decidia como juiz baseado na lei. Mas, sim, para a plateia e para sua carreira política, que se desenhava a cada operação da Lava Jato. Cid tem certeza de que Moro atuou para eleger Bolsonaro, a quem chama de “Farsante”. O senador considera a trama prejudicial à política e ao Brasil.

“A mudança de partido e a decisão de Moro de trocar mostram seu grau de falta de caráter. Nem avisou aos dirigentes do partido”, disparou Cid. Ele acredita que, mais uma vez, o ex-juiz beneficiará o  “farsante Bolsonaro”. 

Estamos a seis meses da eleição. Para Cid Gomes, “muita coisa vai acontecer”. Ciro Gomes segue no jogo e, na leitura do irmão, “tem a grande chance de ser o candidato escolhido pelo eleitor. Cid não entra na disputa entre Ciro e Lula, tem feito esforço para separar o cenário político nacional do local, dentro do Ceará. 

A semana começa com a nova agenda da lei eleitoral. Filiar eleitores por todo o mês de abril e costurar a federação de partidos, na verdade, as coligações com prazo de início e quatro anos para acabar. A novidade eleitoral vai unir partidos pequenos com grandes legendas e salvar as de aluguel. Foi um erro do Congresso Nacional, para proteger amigos de deputados, com o Estado seguindo a bancar a farra. 

A saída de Moro do grupo de pré-candidatos pode ser uma jogada política. A ideia de lançá-lo candidato em junho não está descartada pelo União Brasil, que já decidiu não apoiar Bolsonaro e pende para a candidatura de Ciro Gomes. Como diz Cid, ao responder sobre quem será o candidato do seu partido no Ceará: ainda tem muito tempo, muita coisa vai acontecer.