Na área da educação, nada foi tão importante quanto o surgimento do Fundeb e a descentralização do ensino superior, com a expansão dos câmpus universitários públicos para o interior e a liberação de cursos privados para faculdades se instalarem nos rincões dos estados e nas grandes cidades, incluindo as capitais. O Brasil era o pior colocado entre os 30 mais ricos com pessoas detentoras do diploma de nível superior.
O ensino superior, tendo chegado a mais de dois mil municípios brasileiros, foi um salto incrível. De 5% de formados, o país saltou para 35,5% de pessoas com diploma na mão, em 12 anos. Os dados da OCDE apontam para 21%. A média de formados em nível superior dos países que a compõem é de 44%. Os números do IBGE e do MEC não batem, mas existe uma curva ascendente, a partir de 2010. O importante é saber que o país que tinha pouco mais de 1% de pessoa com nível superior, nos anos 60, apresenta, em 2022, uma taxa nos enche de esperança.
Vejam só. O Ceará, até 2010, só formava médicos e veterinários na UFC. Depois implantou o curso na UECE. Hoje, são 10 faculdades de medicina e cinco de veterinária.
O ato de coragem do governador Camilo Santana ao implantar cursos de medicina em Quixeramobim e no Crato, onde inaugura hoje a Faculdade da Urca, tem grande significado para a educação superior, para a promoção de pesquisa, a geração de entrego, a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Agora, o Cariri é uma região com três faculdades de medicina.
O Ceará tem câmpus universitários do Estado e postos avançados. Possui seis da UFC, oito Institutos federais no sertão e mais de 40 faculdades particulares. Sem entrar no mérito da qualidade do ensino, é um grande avanço.