terça-feira, 15 de março de 2022

União Brasil promove, nesta terça-feira, 15, a indicação de nomes para direção do partido nos estados


O mais novo partido do cardápio eleitoral brasileiro de legendas começa a definir seu destino em 2022, nesta terça-feira, 15, durante reunião da executiva nacional, em Brasília, onde pretende iniciar a indicação de nomes para presidir as direções provisórias nos estados. Em algumas unidades da Federação, existe disputa pelo controle do União Brasil. Em outras, o partido tem consenso e está ativo.

O União Brasil tinha tudo para dar errado, mas acabou dando certo. Ele é a fusão do DEM com o PSL. Este era comandado pelo bolsonarista pernambucano,

Luciano Bivar, e o DEM pelo baiano ACM Neto, que odeia o presidente. Os dois firmaram um acordo para ficar longe dos candidatos Lula e Bolsonaro, mas Bivar está propondo o rompimento do  entendimento e ACM Neto paquera as candidaturas de Lula e Ciro Gomes. 

O União Brasil é uma desunião até mesmo no Congresso Nacional. As legendas perderam deputados e senadores para o PL, o partido de Bolsonaro.

No Ceará, o empresário Chiquinho Feitosa, controlou o DEM  por 20 anos. Já o PSL praticamente não existia no Ceará. O deputado Heitor Freire construiu o partido em território cearense, para impulsionar a candidatura de Bolsonaro. Segue no União Brasil, mas não será o líder da legenda, que é disputada pelo deputado Capitão Wagner. O martelo será batido e saberemos quem fica com a sigla da grana e do tempo de rádio e TV.

Mas, porque a disputa pelo controle do União Brasil? A resposta é simples. Tempo é dinheiro. São quase R$ 1 bilhão em recursos com a soma do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. O partido detém um minuto de rádio e TV.  Do ponto de vista político, se tornará forte porque não faltará dinheiro para patrocinar candidaturas. 

O que Luciano Bivar pede para entregar a legenda em estados como o Ceará? Resposta: 700 mil votos para a Câmara Federal, o equivalente a três ou quatro deputados federais. Chiquinho e Wagner entregaram um cronograma de trabalho, com nomes, quantidade de votos e viabilidade eleitoral. 

No quesito da promessa para entrega do partido, no Ceará, o placar está 1 a 1. Luciano Bivar prometeu entregar a legenda ao Capitão Wagner. ACM Neto fez o mesmo a Chiquinho Feitosa. O desempate será na avaliação das garantias eleitorais.