terça-feira, 30 de novembro de 2021

Bolsonaro se filia ao PL seu 9º partido e abre a temporada de pré-campanha


Com discurso de descentralização da tomada de decisões, Bolsonaro consolida filiação ao PL. Cerimônia de filiação aconteceu em Brasília, com presença de Valdemar Costa Neto, e integrantes do governo. Flávio Bolsonaro e Rogério Marinho também se filiaram à sigla

Após período de incertezas sobre qual partido teria Jair Bolsonaro para que o presidente concorra à reeleição em 2022, o PL oficializou nesta terça-feira, 30, a chegada de Bolsonaro à sigla, que tem como um dos nomes mais respeitados o primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, Marcelo Ramos (PL-AM) - ambos não jogam o mesmo jogo. O PL pertence ao chamado Centrão, alvo de críticas do presidente da República em sua campanha em 2018 e no início de seu mandato.

O principal aliado de Bolsonaro no Centrão dentro da Câmara dos Deputados é o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A cerimônia de filiação aconteceu na sede do partido em Brasília, com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e integrantes do governo. Senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, agora ex-Republicanos, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que estava sem partido, também se filiaram à sigla.

Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que, no PL, quer ajudar a compor bancadas para as Eleições 2022 para “fazer melhor para o Brasil” e que o evento não objetivava “lançar ninguém a cargo nenhum”. Dizendo sentir-se “em casa”, o presidente apontou que a escolha pela sigla “não foi fácil” e que se sentia esperançoso com relação ao nome do ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, para São Paulo: “uma esperança enorme para nosso querido estado de São Paulo.”

Rogério Marinho e Fábio Faria, ministro das Comunicações, foram citados, também por Bolsonaro, como nomes das eleições do ano que vem no Rio Grande do Norte. Um dos temas mais caros em períodos eleitorais, a composição de bancadas, apontou Bolsonaro, não será decidida por ele e Valdemar Costa, à margem dos demais. “Em grande parte, a nossa visão passa por vocês. Queremos compor e, com essa composição, fazer o melhor para o Brasil.”

“É motivo de orgulho e satisfação estar aqui, e nenhum partido será esquecido por nós. Não temos a virtude de ser o único centro. Queremos compor nos estados, queremos compor para senador e governador.” Bolsonaro afirmou, comemorando, que “o Parlamento tem jogado junto com o Poder Executivo” ao mencionar, por exemplo, a sabatina do ex-ministro da Justiça, André Mendonça, prevista para esta quarta-feira, 1º, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

Bolsonaro foi eleito presidente pelo PSL em 2018 e deixou o partido em 2019. Na ocasião, chegou a articular a criação de um novo partido, a Aliança Pelo Brasil, que não passou da fase de coleta de assinaturas. O PL é o nono partido da carreira política do presidente. Em 30 anos foram PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.