quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Casos de variante Delta no Ceará chegam a 122; Cepa Mu, da Colômbia, é identificada em duas viajantes

 


Apesar de o Ceará estar num período de maior controle dos índices epidemiológicos e assistenciais da Covid-19, fatores externos exigem do Estado um alerta constante para evitar uma nova onda da pandemia. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), já registra 122 residentes ou visitantes com a variante Delta do coronavírus, mutação de maior preocupação no mundo atualmente. Dentre os pacientes infectados, 39 não têm histórico de viagem, o que os classifica como transmissão comunitária. Um óbito foi registrado.

Além dessas notificações, a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), também identificou dois pacientes com casos importados da variante de interesse Mu, originalmente encontrada na Colômbia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as variantes de interesse são mutações que devem ser observadas pelo potencial de transmissão ou escape de anticorpos, mas ainda não são consideradas variantes de preocupação, como é o caso da Alfa (Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e Delta.

As cearenses que tiveram Covid-19 pela cepa Mu são duas mulheres que moram em Fortaleza, com idades de 45 e 47 anos. Ambas tomaram uma dose da vacina e têm histórico de viagem para a Colômbia. Segundo o rastreamento do Cievs, elas desembarcaram na capital cearense no dia 6 de julho com sintomas gripais, foram a unidades de saúde e cumpriram autoisolamento durante a infecção.