segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

75% dos brasileiros dizem que serviços públicos de saúde são ruins ou péssimos, mostra pesquisa da CNI

A avaliação dos brasileiros sobre os serviços públicos de saúde piorou nos últimos sete anos. O número de pessoas que considera a saúde pública ruim ou  péssima subiu de 61%, em 2011, para 75% neste ano. 

A informação é da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Saúde Pública, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (25). “A melhoria dos serviços de saúde é importante para aumentar a qualidade de vida da população e a produtividade no trabalho”, afirma o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Por isso, a saúde pública é um dos temas prioritários do Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022.

Para os brasileiros,  as dificuldades e a demora no atendimento, com 37% das citações, é o principal problema do sistema de saúde pública. Em seguida, com 15% das menções, vem a falta de equipamentos. Em terceiro lugar, com 9% das respostas, a população cita a falta de médicos e, em quarto lugar, com 9% das menções, a má administração ou a corrupção. 
A pesquisa mostra ainda que 64% da população usa principalmente ou somente os serviços públicos de saúde. Apenas 17% utilizam somente ou principalmente o serviço privado. Uma queixa comum dos usuários de serviços públicos e privados é a dificuldade de marcar horários para consultas e exames médicos. Entre as pessoas que utilizam principalmente ou somente o serviço público, 82% dizem que já deixaram de procurar um médico ou fazer um exame pela dificuldades de marcar o serviço. Entre os que usam principalmente ou somente o serviço privado, o número é de 71%. 

Além disso, a população deixa de cuidar da saúde por causa dos altos custos. Conforme a pesquisa, 73% dos brasileiros afirmam que já deixaram de procurar um médico, de fazer um exame ou de tomar medicamentos prescritos devido ao preço.