A 11ª Cúpula do Brics ocorre nos dias 13 e 14 de novembro, em Brasília. O bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul voltam a se reunir sob a presidência do Brasil, que está coordenando o grupo no ano de 2019.
O secretário de Política Externa Comercial e Econômica do Itamaraty, o embaixador Norberto Moretti, ressalta que a cúpula de Brasília é o ápice de mais de 100 reuniões entre os membros durante a presidência brasileira do bloco.
O Brasil escolheu como prioridades do ano a cooperação em ciência, tecnologia e inovação; em economia digital; no combate aos ilícitos transnacionais e o incentivo ao fortalecimento do banco do bloco e do conselho empresarial do Brics.
O diretor de relações internacionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPea), Ivan Oliveira, destacou que um dos objetivos é ampliar o acesso do Brasil aos financiamentos do Banco do BRICS.
Já o conselho empresarial do Brics, que se reunirá no dia 13, tem na secretaria executiva integrantes da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). O diretor de desenvolvimento industrial da entidade, Carlos Abijaod, destaca que o encontro servirá para facilitar os investimentos entre os países, regularizar as patentes e buscar a eliminação das barreiras que dificultam o comércio.
Durante a cúpula, o Conselho Empresarial vai redigir uma proposta que será entregue aos governantes de cada país do bloco.
Somados, os integrantes do Brics foram destino de 30% das exportações brasileiras em 2018. E 23% do total das importações vieram desses quatro países. O saldo comercial do Brasil com o Brics foi, no ano passado, positivo em mais de U$S 30,5 bilhões. Em 2017, o saldo foi de U$S 23 bilhões, o equivalente a 52% do superávit comercial brasileiro no ano.