A tragédia no Rio de Janeiro está sendo vista mais como ação política do que como operação de segurança pública. Um dos principais alvos era Edgar Alves Andrade, o “Doca” ou “Urso”, que não foi preso nem morto.
O Rio transformou-se em uma verdadeira universidade do crime. O motivo mais grave foi o envolvimento de autoridades públicas com o tráfico e organizações criminosas. A impunidade deu força às facções e milícias.
As novelas, o noticiário diário sobre violência e os bailes funks transmitidos ao vivo pela internet, com drogas e líderes do tráfico, contaminaram o país. A regionalização das principais facções ocorreu rapidamente.
A matança generalizada no Rio, no confronto direto entre polícia e criminosos, mostrou que, por mais fortes que sejam as facções, os jovens que entram para o crime acabam morrendo. O Estado é muito mais forte.
Vale repetir: o Estado foi criado para garantir saúde, educação, segurança e proteção às pessoas, não para matá-las. Quando o contrário ocorre, é um erro histórico que precisa ser corrigido.
