terça-feira, 30 de setembro de 2025

O rico, o nobre, o pobre e o voto


Rico e nobre podem promover uma noite de realizações gastando R$ 5 milhões. O pobre fica de fora, distante da festa. Mas sabe que a farra é com o dinheiro dele. Sua única alternativa é o voto, motivo maior da festa de lançamento de nomes para a disputa eleitoral.


Ao longo da história, quando foi criada a participação do cidadão na escolha de presidentes, governadores, senadores, deputados e vereadores, os nobres se reuniam para indicar nomes. Ao eleitor pobre cabia apenas votar nos escolhidos.


Com o tempo, surgiram os meios de comunicação e a informação passou a circular. O nobre agora é obrigado a conversar com o pobre, que não vende mais seu voto. A evolução está chegando ao ápice: parte do eleitorado não se deixa manipular por cabos eleitorais. É preciso convencê-los.


No sertão, a política ainda se parece com o futebol: tem torcida, lados definidos e os problemas acabam ficando para trás. Mas a tendência é acabar, dando lugar ao voto consciente. O eleitor evoluiu. Já os nobres, muitos ainda não perceberam que o Brasil foi governado por um operário, depois por um capitão do Exército; que hoje o Congresso tem 56% de pessoas de origem simples; e que os melhores cargos no serviço público são ocupados por jovens idealistas, filhos de famílias pobres, aprovados em concursos.


A nobreza precisa ajudar mais e de forma urgente, atuando para reduzir desigualdades. Estamos assistindo à manipulação dos pobres por “nobres” que fazem fortuna no crime organizado, aplicando golpes, vendendo drogas e armas.