quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Pacote do Governo Federal deve contemplar exportadores do Ceará atingidos pelo tarifaço dos EUA, afirma governador Elmano


O Governo Federal deve anunciar, nos próximos dias, um plano para mitigar os impactos das novas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. De acordo com o governador Elmano de Freitas, que nesta quinta-feira (7) se reuniu com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em Brasília, o apoio deve contemplar os exportadores do Ceará atingidos pelas mudanças tarifárias em vigor desde a última quarta-feira (6). O secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Domingos Filho, também participou da reunião.


“É um conjunto de medidas que permite, nos estados, nos reunirmos com cada setor empresarial para garantir competitividade às empresas brasileiras e cearenses. Saio [da reunião] muito satisfeito. Com essas informações, vamos nos reunir com a nossa equipe do Estado para nos prepararmos e avançarmos até o anúncio”, afirmou Elmano de Freitas durante coletiva após o encontro.

Uma das estratégias, adiantou o governador, poderá facilitar que governos estaduais adquiram, de maneira simplificada, produtos não exportados. “No caso do Ceará, por exemplo, temos uma carga considerável de pescado, de castanha de caju, produtos que podemos comprar e queremos fazê-lo. Hoje à tarde, eu tenho reunião com empresários cearenses”, disse.

Elmano de Freitas reforçou que, já no primeiro dia das tarifas, anunciou quatro medidas para apoiar os exportadores: Auxílio financeiro às empresas que exportam para os EUA; Compra de produtos dessas empresas para atender equipamentos ou do Governo do Ceará; Antecipação de pagamento de créditos; Aumento de incentivos fiscais, além da instalação do Comitê Estratégico para acompanhar a aplicação das medidas.

“A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o projeto por unanimidade. Agora estamos trabalhando na regulamentação de cada uma das medidas e, antecipadamente, considerando as que o Governo Federal deve anunciar. Nós queremos, assim, poder auxiliar as empresas cearenses a manter seus negócios nos Estados Unidos. Parte daquilo que não for possível ser mantido poderá ser comprado pelas nossas possibilidades”, detalhou.

Nesse sentido, o Estado já articula, por meio da Casa Civil e da Secretaria da Fazenda, alternativas com representantes de supermercados.