A Santa Casa de Fortaleza tem seu corpo diretivo — os conhecidos “mordomos” —, mas também outros “donos”: médicos que dirigem clínicas especializadas dentro do hospital. Mesmo com grandes aportes financeiros, não será simples para o Estado e a Prefeitura tocarem a gestão sem negociar com essa estrutura interna.
Os médicos mais influentes desejam ser ouvidos. Podem até não ser um obstáculo, apesar das divergências políticas e ideológicas. A habilidade da secretária de Saúde, Dra. Tânia, será fundamental para viabilizar a reabertura integral da Santa Casa.
Os provedores anteriores e o atual, Waldemir Spinelli, foram vencidos. O problema do hospital vai além da tabela do SUS: é mais profundo. E, sem humildade de todas as partes, não haverá solução.