O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), anunciou que a pedra fundamental para o porto seco de Quixeramobim, no Sertão Central, será lançada no próximo dia 4 de julho. Como explicou ele, o investimento para o empreendimento é da ordem de R$ 500 milhões.
No último mês de maio, a Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE) realizou uma reunião com especialistas para discutir o projeto urbanístico associado à instalação do porto seco. A ideia é que o terminal opere como um hub logístico, recebendo mercadorias via Transnordestina e encaminhando-as por estradas ou por navios, no Porto do Pecém.
Ainda como explicou o chefe do Executivo estadual, outro porto seco também já está previsto para Iguatu, no Centro-Sul do Estado. O investimento, nesse caso, é de R$ 100 milhões.
A fala de Elmano ocorreu na última quinta-feira (5), durante a abertura do PEC Nordeste. No mesmo dia, o governador já havia participado de solenidade para a assinatura da ordem de serviço para a construção de mais um lote da ferrovia, que liga Itapiúna a Baturité. Segundo ele, há a previsão de, até setembro, dar a ordem de serviço dos dois últimos trechos.
A obra total da Transnordestina conta com um investimento de cerca de R$ 15 bilhões. Com todas as frentes em construção, a expectativa é de que 8 mil pessoas estejam trabalhando simultaneamente na ferrovia.
PORTO SECO DE QUIXERAMOBIM
O projeto do porto seco em Quixeramobim será integrado ao Programa Cientista-Chefe da Seplag, iniciativa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Durante a reunião na Seplag, em maio, foram discutidas propostas de planejamento urbanístico e de infraestrutura que acompanharão a instalação do empreendimento, considerado estratégico para o escoamento de cargas do interior ao Porto do Pecém.
Realizado na sede da Secretaria, o encontro contou com a presença do secretário do Planejamento e Gestão, Alexandre Cialdini; do arquiteto e urbanista Fausto Nilo; do professor Gildemir da Silva, dos Programas de Pós-Graduação em Economia e em Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC); e do professor Raimundo Rodrigues, presidente da Funcap.