A força política de Camilo Santana incomoda muita gente. A forma como ele atua no cenário político provoca adversários. O ministro da Educação está sempre de portas abertas para receber vereadores, prefeitos, deputados, o governador e lideranças da capital e do sertão.
Um dado chama a atenção: o ministro Camilo Santana construiu sua liderança sem um atrito político. A oposição é ligada à direita ou ao grupo liderado por Ciro Gomes, que se afastou do petista ao optar por uma divisão interna. Camilo defendia a reeleição da então governadora Izolda Cela e o grupo de Ciro, Roberto Cláudio. O ex-prefeito foi derrotado no primeiro turno na disputa pelo Paço Municipal. Camilo saiu daquela eleição consagrado como um grande líder político, que controla 174 municípios — dos 184 que formam o estado.
A travessia política até outubro de 2026 ainda será demorada. Ciro sabe dos seus erros e tenta construir uma fórmula capaz de encarar a força política de Camilo Santana, que tem ao seu lado seu irmão, Cid Gomes, o governador Elmano de Freitas, Eunício Oliveira, Domingos Filho, Zezinho Albuquerque, Evandro Leitão, Romeu Aldigueri, Júnior Mano, Robério Monteiro e Acilon Gonçalves.
Política se faz com apoios, aliados, partidos, lideranças e estrutura. É só olhar para os números e observar o desafio que Ciro tem pela frente. Se vencer essas dificuldades até outubro de 2026, terá chances.