O Ministério Público do Estado do Ceará deu início a uma apuração formal contra o Presidente da Câmara Municipal de Iguatu, sob suspeita de omissão no dever legal de submeter ao plenário as contas de governo do ex-prefeito Agenor Gomes de Araújo Neto, referentes ao exercício financeiro de 2012. A investigação, instaurada pela 5ª Promotoria de Justiça de Iguatu, ocorre após comunicação do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), que não recebeu qualquer informação sobre o julgamento das referidas contas por parte do Legislativo Municipal.
O Ministério Público já determinou providências imediatas: além de solicitar ao TCE-CE as principais peças do processo de contas, oficiou o presidente da Câmara para que, no prazo de 10 dias, informe se houve ou não o julgamento — e, se sim, que encaminhe cópia da decisão. A ausência de resposta ou justificativa plausível poderá levar à responsabilização cível e até criminal do gestor legislativo.
O silêncio da Câmara em relação a um tema tão sensível levanta questionamentos: estaria o presidente tentando perseguir adversários políticos? Qual o motivo real por trás da não apreciação das contas de um ex-prefeito que já ocupou cargo de destaque no município? A sociedade de Iguatu tem o direito de saber por que a prestação de contas de 2012, um ano crucial para o equilíbrio fiscal da cidade, permanece sem análise definitiva por parte do poder que deveria fiscalizá-la.