Após a morte do papa Francisco, aos 88 anos, confirmada pelo Vaticano nesta segunda-feira (21), sete cardeais brasileiros estão aptos a participar do Conclave, votação que elegerá o novo papado da Igreja Católica. O processo deve ser realizado ao longo dos próximos dias e reunirá cardeais com menos de 80 anos de idade, conforme as normas canônicas da Igreja.
Os cardeais brasileiros que poderão votar são:
- Dom Sérgio da Rocha (65 anos), arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, membro do Conselho de Cardeais que assessora o Papa;
- Dom Jaime Spengler (64 anos), arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
- Dom Odilo Scherer (75 anos), arcebispo de São Paulo, nomeado cardeal por Bento XVI em 2007;
- Dom Orani João Tempesta (74 anos), arcebispo do Rio de Janeiro, criado cardeal por Francisco em 2014;
- Dom Paulo Cezar Costa (57 anos), arcebispo de Brasília, nomeado cardeal por Francisco em 2022;
- Dom João Braz de Aviz (77 anos), arcebispo emérito de Brasília;
- Dom Leonardo Ulrich Steiner (74 anos), arcebispo de Manaus.
A eleição acontece dentro da Capela Sistina, no Vaticano, em votação secreta e com votos depositados em uma urna. O número de votos do escolhido não é divulgado. Conforme as regras, os cardeais são proibidos de qualquer tipo de comunicação com o exterior durante o processo, sendo impedidos de enviar mensagens eletrônicas ou alimentar suas contas nas redes sociais.
Para ser eleito, um cardeal precisará de pelo menos dois terços dos votos. Os cardeais não têm direito de se abster nem de votar em si mesmos. Os cardeais entram em conclave em, no mínimo, 15 dias e, no máximo, em 20 dias após a morte ou renúncia de um papa. Eles passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas e o isolamento é assegurado pelo cardeal camerlengo no interior e pelo prefeito da Casa Pontifícia no exterior.
Em tese, todo homem considerado idôneo pode ser eleito papa, mas há séculos somente cardeais são escolhidos. Participam da votação todos os cardeais com menos de 80 anos. Os religiosos que ultrapassam essa idade-limite não votam, mas podem ser eleitos. O número máximo de cardeais eleitores no processo é de 120.