quinta-feira, 3 de abril de 2025

Governo brasileiro reage às tarifas recíprocas de Trump e cita violação à OMC

 

O governo brasileiro reagiu com preocupação às tarifas recíprocas de Trump, classificando a medida como uma possível violação dos compromissos internacionais assumidos pelos Estados Unidos junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). A decisão, anunciada nesta quarta-feira (2), faz parte de um decreto que impõe tarifas mínimas de 10% a todas as importações do Brasil e de outros países que aplicam barreiras a produtos norte-americanos.


Segundo Trump, o objetivo é reequilibrar o fluxo de comércio bilateral. “Os números são tão desproporcionais, tão injustos. Vamos implementar uma tarifa mínima de 10% para ajudar a reconstruir nossa economia e evitar a trapaça”, declarou. A medida faz parte de uma política de protecionismo comercial que tem como base a cobrança proporcional de tarifas de importação sobre países que impõem barreiras às exportações dos EUA.


Ainda em fevereiro, o governo dos Estados Unidos já havia elevado as tarifas sobre aço e alumínio em 25%, afetando diretamente o Brasil. Essa medida se soma agora às tarifas recíprocas de Trump, ampliando a pressão sobre as exportações brasileiras. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano, em 2024, o Brasil enviou cerca de 4,1 milhões de toneladas de aço ao mercado americano — um volume agora impactado por custos adicionais.