terça-feira, 4 de março de 2025

Vencedor do Oscar é uma denúncia grave contra regimes autoritários


O filme “Ainda estou aqui”, premiado com o Oscar de melhor filme internacional, é o primeiro longa-metragem brasileiro a garantir a primeira estatueta da Academia norte-americana . 

Conquistar o Oscar é para poucos, principalmente para os que estão fora da bolha do cinema americano. É importante destacar a história ou roteiro do filme baseado em um assassinato político no período autoritário, denominado de regime militar. 

No golpe de 64, a capital do Brasil já era Brasília e não mais o Rio de Janeiro. Mesmo assim, o estado fluminense era o maior foco de resistência à intervenção militar e recebeu sistemáticas ações contra pessoas e grupos contrários  ao governo. 

O filme retrata uma família de cinco filhos, que sofreu com o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, levado à prisão, juntamente com a esposa. O casal nunca mais se reencontrou. Paiva foi decretado morto pelo Estado brasileiro, sem que se saiba o destino do seu corpo, até hoje.

O filme premiado, além de ser uma bela peça de construção  no campo da arte, propicia um corretivo nos que sonham com governos autoritários, sem respeito às leis.