Merece reflexão a declaração do governador Elmano de Freitas sobre a união dos estados nordestinos sobre o turismo. É uma tese que merece ser aprofundada, estudada e remete à construção de projetos maiores.
Não creio que a proposta do governador cearense seja obstacularizar a busca do turista e sim no sentido de se obter uma só linguagem para captar financiamentos a grandes projetos.
Um exemplo de sucesso é o projeto Rota das Emoções. Nome fantasia dado à combinação de três destinos – Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e Jericoacoara – ligando três estados: Maranhão, Piauí e Ceará. A rota foi batizada em 2005, quando as ligações rodoviárias entre os três destinos eram bastante precárias. Hoje, a aviação facilitou a operação.
Criar estradas para viabilizar o turismo deve ser uma meta a alcançar. Boas ideias, rodovias duplicadas, linhas aéreas, hotéis de primeira classe, meios de hospedagem, através de pousadas, gastronomia, entre outros atrativos, como parques, podem ser financiados através de juros subsidiados a viabilizar investimentos no setor.
O individualismo dos governos do Nordeste pode ter sido o causador do atraso da região em muitas áreas, tais como educação, saúde, infraestrutura e transporte. Faltam aeroportos e ligação entre capitais e grandes cidades do sertão.
O Consórcio do Nordeste, que reúne os nove governadores da região, foi um grande avanço e tem exibido resultados efetivos. Os estados passaram a receber mais recursos. Compras conjuntas baratearam custos na saúde e educação. Será que a união no turismo pode criar uma nova realidade? Com certeza.