O deputado federal Nikolas Ferreira é um jovem YouTuber eleito vereador e, em seguida, deputado federal, por Minas Gerais. Sem profissão definida, é nascido na favela e tem um pai pastor. Merece a oportunidade de relatar o drama do povão. Ele não é Bolsonarista, é a favor dele, dos seus seguidores nas redes sociais. É de extrema direita.
Com um vídeo acusando a Receita Federal do Brasil e o governo Lula de montarem esquema para obterem informações dos usuários do PIX para cobrar impostos, o jovem não imaginava o estrago que iria fazer na economia brasileira. Por horas, os brasileiros pararam de passar PIX e os negócios pararam na Nação. O ex-presidente Bolsonaro pegou a oportunidade e impulsionou o vídeo, mesmo sabendo se tratar de uma fake news, uma mentira.
O mercado financeiro, que não atua a favor da Federação dos Bancos, das Bolsas de Valores, acusa Nicolas de ser agente do sistema financeiro de direita que defende o uso do cartão de crédito, com os quais só os bancos ganham. Outros acham que Nikolas fez o vídeo por ser opositor ao governo Lula, mas não imaginavam o estrago.
“Foi o maior crime contra o estado brasileiro na área econômica”, declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo teve que editar medidas duras para reativar e devolver credibilidade ao PIX. O brasileiro não sabe que impostos precisam ser apoiados e aprovados pelo Congresso Nacional. Para atrair seguidores Nikolas optou pela fake news. O Bolsonaro está por trás desse crime porque odeia a Receita Federal, que descobriu as “rachadinhas, a compra de imóveis com dinheiro roubado nos mandatos e o roubo de joias”, disparou Haddad.
O que será feito pelo judiciário brasileiro saberemos nos próximos dias. Nikolas tem privilégio na justiça por ser deputado federal. A imunidade lhe garante processo em sigilo, direito de manifestação, mas não proteção a crises contra o Brasil.