Tá na lei, na Constituição: “O papel do vereador, do deputado e do senador é fiscalizar e aprovar leis que melhorem a vida das pessoas”.
A Constituição não tem um só artigo sugerindo emendas improdutivas, secretas. Não diz, também, que parlamentares têm direito de empregar pessoas no poder executivo ou judiciário.
A participação dos vereadores na gestão municipal e dos deputados e senadores no governo federal é um absurdo.
Quem governa é o executivo. As emendas secretas, o destino delas e os cargos ofertados em troca de apoio terminam por envergonhar a política diante da opinião pública.
A política deve ser acertada através dos partidos, como fizeram o prefeito Evandro Leitão e o governador Elmano de Freitas. A ALECE tem um grupo de deputados querendo implantar emendas impositivas junto ao governo cearense. O Estado diz não.
A emenda começa com R$ 1 milhão anual e engorda com chantagem. No Rio de Janeiro, foi assim. Deputados iniciaram com R$ 1,5 milhão anual. Agora, cada um pede R$ 15 milhões por emenda. O governador, que negou, está com a corda no pescoço. Pode até perder o mandato, se não ceder. Em outros estados ocorre o mesmo.
O presidente Lula está sob pressão para pagar R$ 56 bilhões em emendas PIX. Não tem dinheiro. Os deputados e senadores, também, querem cargos. Lula vive o inferno que os próprios presidentes criaram.