A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21/11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga uma tentativa de Golpe de Estado. Desde o ano passado a corporação apura uma intentona golpista envolvendo Bolsonaro e o seu entorno, revelando inclusive um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ex-ministro da defesa general Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o polícial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto também, foram indiciados.
Agora cabe ao Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a corte aceite a denúncia, eles viram réus na corte e serão julgados.
Segundo a PF, a investigação apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente Bolsonaro no poder.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrátido de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, crimes que somados podem chegar em 28 anos de prisão. Ainda de acordo com a PF, as provas foram obtidas por meio de diversas diligências, como quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, delação premiada, além de buscas e apreensões.