A classe política pernambucana assumiu o controle dos principais cargos federais no Nordeste. Pela primeira vez na história, Pernambuco controla os principais órgãos da administração pública na região, inclusive, DNOCS e Banco do Nordeste, que têm sede no Ceará.
O presidente Lula, com sua decisão de prestigiar políticos pernambucanos derrotados nas urnas, produziu, sem observar o erro, o distanciamento do setor da inteligência cearense da questão hídrica. As reclamações são muitas sobre as portas abertas para pernambucanos e fechadas para os demais estados.
O pior: a bancada federal cearense silenciou, contentando-se com algumas diretorias sem poder de decisão. Os parlamentares satisfizeram-se, também, com cargos de menor expressão dentro do próprio Estado.
Resultado: Pernambuco teve, em pouco mais de seis meses, o dobro de recursos em investimentos, conquistou obras importantes do PAC e vai liderar projetos regionais. O Ceará está conseguindo atingir suas metas de crescimento pelo esforço pessoal do governador Elmano, do ministro Camilo Santana e do senador Cid Gomes. Os demais representantes cearenses estão na disputa pela miudeza e emendas do orçamento secreto.