A partir do resultado das urnas, quando Elmano de Freitas saiu vitorioso no primeiro turno para ocupar o governo do Ceará, a vida política do prefeito Sarto virou um inferno. Ciro Gomes, seu candidato a presidente, foi derrotado e o candidato de Sarto ao governo do Ceará, Roberto Cláudio, teve menos votos que Elmano e Wagner. O PT ataca Sarto, diariamente, na tribuna da Assembleia e da Câmara, e o governador Elmano se distanciou.
A pesquisa do Datafolha foi motivo de comemoração para Sarto e sua equipe. Após sete meses nas cordas, os números não são tão desastrosos e mostram que Sarto pode brigar pela reeleição.
Sarto tem 16% de aprovação com bom e ótimo, e 42% o avaliam como gestor regular. São 59% que podem votar em Sarto.
O fato ruim foi o prefeito saber que 39% consideram sua gestão ruim ou péssima. A Taxa do Lixo foi determinante para esse resultado. Se conseguir convencer a população de que a lei é federal, poderá conquistar parte desse eleitorado.
O PDT montou uma operação para resgatar a imagem da administração municipal. Várias frentes de trabalho foram abertas: o partido está indo aos bairros, a Câmara Municipal busca propostas para a cidade e Sarto entrega obras.
Elmano de Freitas cresceu, se comparado ao percentual de 54% dos eleitores que o fizeram vitorioso. O governador subiu 10%, o que é muita coisa. Sem sofrer ataques e ainda iniciando a gestão, Elmano é contestado por deputados que se dizem opositores, mas costumam votar a favor.
Não se pode, entretanto, atribuir à pesquisa valores contundentes ou mesmo um resultado preciso. Pontualmente, a pesquisa Datafolha não deixa de ser um alerta para os gestores e uma bússola para futuras ações. Nada mais.
O governador Elmano está no Abolição, há pouco mais de 150 dias. Nesse período, segundo a pesquisa, cresceu em popularidade. Não começou, ainda, a cobrança mais forte por parte da sociedade.
A pesquisa tem um imenso vazio, a partir da falta de informações sobre as influências de Lula, Camilo, Cid, Ciro, Roberto Cláudio e Wagner, personagens importantes no cotidiano do eleitorado.