quinta-feira, 6 de abril de 2023

A escola atacada pelo ódio e o descontrole ameaça professores e alunos

As manchas de sangue produzidas nos ataques a alunos e pessoas estranhas à própria escola rondam o mundo da educação e estão tornando o ambiente de aprendizado e construção de cidadãos em um lugar de risco, um alvo fácil.


É inadmissível o processo de deterioração que ocorre nas escolas, nas salas de aula. Os relatos de professores, coordenadores escolares e diretores impressionam. Estudantes frequentando a escola armados com facas, pistolas, bebendo, usando drogas e, de forma ameaçadora, exigindo silêncio e omissão por parte dos mentores, jurando vingança em caso de delação.


Há ainda a ameaça que vem de fora. Pessoas mentalmente desequilibradas, sob efeito de estímulos tecnológicos e da desconstrução do comportamento cidadão e minimamente aceitável. Como explicar a um pai e a uma mãe que deixam um filho na escola e o recebem de volta morto? Não há como mensurar a dor, o desespero, a revolta.


No Ceará, escolas não funcionam mais à noite. Os bandidos e a violência dentro dos estabelecimentos de ensino no horário noturno inviabilizaram a educação de jovens e trabalhadores. Professores se negam a trabalhar no período noturno.


O massacre das crianças em uma creche, em Santa Catarina, revolta, deixa toda a Nação indignada, consternada. O jovem de 25 anos deveria estar preso por tráfico, tentativa de homicídio, furto e posse ilegal de armas. O corretivo nunca lhe foi aplicado pelo poder judiciário. 


Mas, qual a saída? Evangélicos, católicos e praticantes de outras religiões estão defendendo a volta do ensino religioso nas escolas públicas. Pedem ainda noções diárias sobre a importância da família e a colocação de um símbolo como o crucifixo nas salas de aula, além do fim do Estado laico. O MEC criou uma comissão para avaliar a violência nas escolas. Os pais choram, o Brasil inteiro quer providências das autoridades.