A decisão do prefeito José Sarto de reduzir o preço da tarifa do ônibus para estudantes é uma novidade no Brasil. O aluno tem somente uma proteção: a meia passagem. Com muita má vontade, os empresários absorvem a imposição da lei, dificultando o cadastro das entidades estudantis.
O trabalhador e os idosos têm leis que os beneficiam. As empresas, sejam públicas ou privadas, pagam a passagem nos ônibus dos seus trabalhadores e subsidiam os idosos, juntamente com o poder público. Os R$ 0,60 de aumento para os funcionários são insignificantes para os custos do conjunto de milhares de empresas de grande, médio e pequeno portes.
Outra pauta que significou importante conquista para os usuários do transporte foi a reativação do ar condicionado, o que representa conforto e o aumento da frota, garantindo ônibus com menor lotação.
A opção do Brasil pelo modal de veículos movidos a diesel e gasolina, em ruas e estradas, pode ter sido, no passado, uma escolha correta. Nos tempos atuais, onde cartéis mundiais decidem manter no alto o preço do petróleo, praticamente inviabilizou o transporte de passageiros e de cargas. Só nos resta aguardar outras alternativas para mover as frotas que transportam pessoas.
Ao final da negociação entre Prefeitura de Fortaleza e empresários, ficou claro o descontentamento das partes por conta da difícil situação construída, a partir dos custos provocados pelas sucessivas altas do diesel e das peças de manutenção.