terça-feira, 7 de março de 2023

A barbaridade do machismo precisa ser contida


No Ceará, 30 mulheres foram assassinadas nos dois primeiros meses deste ano. Outras estão internadas em hospitais. Há, ainda, mulheres sob proteção do Estado, para não serem mortas pela selvageria provocada pelo ciúme, o machismo e o alcoolismo.

A pesquisa publicada na edição desta terça-feira, 7, no Jornal Opinião, revelando que 61% dos filhos presenciam e convivem com a violência contra as mães, é algo revoltante e, ao mesmo tempo, desafiador para o poder público e para toda a sociedade. É preciso estancar tamanha barbaridade dentro dos lares.

É difícil mensurar qual seria o nível de violência contra as mulheres, se a lei Maria da Penha não tivesse sido criada. Parece ser necessária uma dosimetria das sentenças com maior e mais dura reclusão. Os homens que destroem vidas, lares e o futuro de famílias sabem que o Código Penal é generoso para os criminosos feminicídas.

Por enquanto, só um lado sofre: o das mulheres. Homens não aceitam que suas mulheres tenham bons empregos, defendam seus ideais e pontos de vista, que construam amizades, que ultrapassagem a barreira da opressão e se libertem de estigmas e limites.

É preciso que o Congresso Nacional olhe para a crueldade dos femicídios e enxergue a dor das vítimas de violência. 

Nesse mês da mulher, precisamos refletir juntos e buscar saídas. Ainda não há caminhos abertos para todas as mulheres. Muitas continuam presas em seus próprios lares.