segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A democracia ameaçada será reconstruída pela união entre poderes e o povo

Invasores sentaram na cadeira dos presidentes da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, colocando no lixo o brasão da Suprema Corte da República. Achincalharam todas as instituições, zombaram das leis, após acessar o gabinete do presidente do País, do Congresso, do STF e a sala do dirigente do TSE. Lula, Rodrigo Pacheco e Alexandre de Moraes alvos dos protestos. O radicalismo que tomou conta da política brasileira é fruto de erros do Judiciário, do Congresso Nacional e, principalmente, das lideranças políticas nacionais. 

A guerra de rua, o vandalismo e as tentativas de quebra da ordem legal precisam cessar. Só existe uma saída: a política. O presidente Lula não pode se apegar ao cruel desejo dos que pretendem colocar 48% dos eleitores, que não concordam com seu governo, na prisão. Ele até tem dito que pretende pacificar o País mas, ao mesmo tempo, fecha os olhos para o revanchismo, põe gasolina no ambiente político incendiando a Nação.

Todos os atos de ontem precisam ser investigados e os responsáveis punidos. A intolerância não pode se sobrepor à Constituição, o Código Penal e à proposta de um país pacifista. A necessidade de um pacto político e a volta do controle das instituições, acalmando o ambiente entre todos os atores responsáveis pela Nação, é urgente.

Há prejuízos incalculáveis ao patrimônio do povo brasileiro. Obras de arte foram destruídas. A memória cultural do país pisoteada. Mas, foi a democracia a mais estraçalhada. Ela foi ferida em sua base, em seu berço. Isso é grave e exige medidas. É preciso proteger o povo brasileiro do seu próprio povo. Como fazer isso? É uma guerra interna e perigosa, entre iguais. A falta de equilíbrio político desequilibrou a Nação. Pacificar o povo vai exigir habilidades, sensatez, firmeza e inteligência política.

A falta de equilíbrio político desequilibrou a nação. Pacificar o povo vai exigir habilidade, sensatez, firmeza e inteligência.