Não se chega ao poder fora da engrenagem partidária e dos apoios de puxadores de votos. A eleição de Elmano de Freitas foi toda montada em uma costura política que fez surgir uma aliança, com elos em todos os partidos, inclusive, nos que tinham candidatos majoritários, como PDT, PSD e União Brasil. Os 54% dos votos válidos mostram que Elmano precisa seguir construindo alianças para governar.
Dificuldades? Sempre tem. Todos querem um pedaço de poder, um cargo importante, se possível uma secretaria com muitos recursos e influências ou uma empresa pública com atuação poderosa junto à população. O governador recebe o cardápio e faz as escolhas ou tem o seu próprio e joga na mesa para ouvir a crítica ou o aceite. O martelo do entendimento tem que bater para o Estado seguir em frente.
O futuro governador diz e repete, com frequência, que pretende alinhar sua grade de cargos ao governo Lula. O encaixe vai ocorrer com a reforma administrativa. Ele está certo. Os aliados terão que aguardar os movimentos de Brasília para poder fazer a pedida. Elmano quer seu governo alinhado com os ministérios de Lula. Esse item é inegociável.