sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Crise do PDT cearense foi diagnosticada bem antes da decisão de candidatos por Camilo e Cid, mas o partido seguiu caminho errado


Em janeiro de 2022, o governador Camilo Santana e o senador Cid Gomes fizeram uma sondagem nos principais municípios do Ceará sobre as eleições estadual e federal. Ficou claro nas pesquisas que candidatos apoiados por Lula e Camilo venceriam, com facilidade. Em Sobral, a sondagem colocou o nome de Luizianne Lins para o governo, com apoio de Lula  e Camilo. Luizianne recebeu 62% de intenção de votos. 

Também, apurou-se que Lula venceria Ciro. A pesquisa mostrava o caminho a ser seguido pelo PDT. A opção seria apoiar a reeleição de Izolda. A governadora se filiaria ao PT e o PDT indicaria o vice. O acordo foi firmado e o plano não foi executado, porque parou no lixo, após dura discussão na residência de um advogado milionário na Lagoa do Uruaru. 

No cenário de hoje, o PT assumiu o protagonismo da política do Ceará. O PDT tem seu líder Cid Gomes tentando juntar os cacos do partido e reagrupar vereadores, prefeitos e deputados, para colocar a casa em ordem. O PT não coloca impedimentos, abriu a porta para o partido de Ciro, Cid Gomes e Roberto Cláudio.

O resultado da eleição, que mostra grande margem em favor de Lula nos dois turnos, é um retrato real. O PDT errou ao enfrentar o presidente eleito, Camilo e Izolda. Tem tempo para rever o erro, se ajustar e voltar ao ajuntamento governista. Claro, agora, menor.