O Ceará está dividido entre Wagner, Roberto Cláudio e Elmano por regiões. O eleitor saiu do patamar do não estou interessado para o nível de interesse, ou seja, o já tem grau de conhecimento sobre os candidatos. A sinalização é clara sobre o comecar do interesse da população na campanha.
Os lances mostram claramente os espaços onde os candidatos são mais fortes. Elmano tem muita força no Cariri, por conta do prestígio político do candidato ao Senado, Camilo Santana. Em Fortaleza, onde reside 1/3 dos cearenses, Roberto Cláudio mostra vantagem sobre Wagner e Elmano. O candidato capitão é muito forte eleitoralmente em Maracanaú, Eusébio, Aquiraz, São Gonçalo e Caucaia.
Em regiões como inhamuns, Sertão Central, Centro-Sul e Litoral existe um certo equilíbrio. A força do Abolição em favor de Elmano tem peso, principalmente nos pequenos municípios. O leitor sabe que o candidato ao governo pelo PT assumiu a defesa da gestão Izolda em todas as mídias, se apresenta como o candidato da governadora. Isso tem relevância. Roberto Cláudio é o candidato do PDT, cujo partido mantém os cargos mais relevantes na gestão Izolda. Isso também tem importância. Elmano e Roberto sustentam e defendem projetos em andamento, mas ponderam que há muito por fazer.
Através de um olhar mais amplo sobre as pesquisas eleitorais, o candidato Capitão Wagner foi o grande beneficiado do racha PT-PDT. Com 36% dos votos, segundo as pesquisas, o candidato do União Brasil consolidou sua passagem para o segundo turno. O resultado da crise entre os partidos adversários já mostra um resultado negativo: dificilmente seus principais atores vão sentar à mesma mesa no segundo turno. O eleitor pode se unir, mas os líderes dificilmente. Cid terá muitas dificuldades para juntar os pedaços.