quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Velhos amigos e aliados se tornam adversários na política do Ceará


Tasso e Chiquinho Feitosa, agora, são ex-aliados. Camilo, Cid e Ciro estão em lados opostos, assim como Elcio Batista e sua referência, Eudoro Santana. O maior rompimento foi entre Izolda e os irmãos Ciro e Cid. A política no Ceará parece ter  virado um grande parafuso ou mesmo um ringue de brigas. 

A sociedade cearense acompanha, com certo espanto, o movimento político dos últimos dias. Amigos, aliados, companheiros de muitos anos, hoje, em destinos diferentes. “Os homens fazem sua própria história, contudo, não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias sobre as quais ela é feita. Mas, estas lhes foram transmitidas como se encontram”. O pensamento é de Karl Marx. 

Trazendo a reflexão para o Ceará, no sentido de explicar o que ocorre, fica claro que ninguém está satisfeito onde teoricamente se encontra. O desconforto de alguns anos saiu do guarda-roupa. A arrumação política se tornou insuportável? A briga é pelo poder? Os sociólogos costumam definir esses momentos como readequação política. Os que cresceram na política querem mais espaço ou se tornarem líderes. A referida leitura poderia traduzir o fenômeno da política cearense, no momento.

Ciro acusa Lula de ter criado a confusão, prometendo ministérios, cargos e apoio a um grupo do PT que está no governo. O PT acusa Ciro de não ter aceito o nome que o partido queria para manter a aliança. Tasso e Chiquinho se separaram porque o senador não topou aliança com o PT, que oferecia a primeira suplência para o Senado, na chapa com Camilo. 

*“A VIDA SÓ POSSUI VALOR CASO VIVIDA COLETIVAMENTE. PENSE COMO OS SÁBIOS, MAS FALE COMO UMA PESSOA COMUM. SIGA SEMPRE O “CAMINHO DO MEIO. ESCOLHA, CUIDADOSAMENTE, OS SEUS AMIGOS E OS VALORIZE”*. _Do filósofo grego Aristoteles_.

A eleição cearense encaminha-se para um segundo turno. O anéis voltam e as alianças, também?