“Estamos iniciando nossa campanha, com muito amor, sem ódio e sem rancor”, declarou o candidato ao Senado, Camilo Santana, puxando um trem carregado de “militantes”. A frase teve como destinatário Ciro Gomes, o candidato a presidente da República, que, na noite anterior disse que Camilo saiu de “derrotado a prefeito de Barbalha para uma carreira política de sucesso”, por conta da descoberta do seu talento, e se perdeu “em troca de um ministério oferecido por Lula”.
A campanha será assim: Camilo e Ciro em duelo. O trem vai seguir fumaçando ódio dos dois lados. Camilo, aparentando tranquilidade e frieza, e um Ciro tenso, por conta da campanha presidencial e da forte preocupação com um possível triunfo do candidato do União Brasil, Capitão Wagner. Ele mantém, com folga, a liderança nas pesquisas, apontando para uma vitória no primeiro turno. “Seria bom entregar para o Capitão o governo”, disparou Ciro, ao responder sobre a família que não o segue totalmente, até o momento.
A caminhada até 2 de outubro será de temperatura elevada, na Capital e no sertão. A agressividade de ambos lados deixa PT e PDT expostos e um Capitão Wagner à vontade para girar pelo Ceará, pregando um novo modelo de gestão. “Vamos governar para as pessoas, por muitas obras”, disse o candidato do União Brasil, criticando a falta de trabalho para mais de “700 mil desempregados”.
Roberto Cláudio e Camilo Santana são duas lideranças importantes, no momento atual da política do Ceará. Os dois construíram políticas públicas de grande alcance. Camilo é conhecido por 100% dos cearenses. Roberto Cláudio por 70%. O VLT, com seu trem, segue.”