quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Deputados tentam mediar para evitar explosão entre PT e PDT


As pesquisas apontam para a realização de um segundo turno na eleição para o governo do Ceará. Foi o resultado mais importante do racha entre PT e PDT. No mais, o cenário é o pior possível. O PDT se queixa do avanço do PT com ajuda do Abolição, em operação sobre prefeitos, vereadores e lideranças de movimentos sociais. Os vereadores Lúcio Bruno e Adail Júnior citaram retaliações para quem não aceitou mudar de lado. A governadora Izolda Cels disse que está governando de forma livre e mantendo relacionamento com todos. Citou sua desfiliação do PDT e a manutenção da aliança na base, com todos nos seus cargos, para exibir que não persegue ninguém. 

O tiroteio envolve duas importantes lideranças: Camilo Santana e Roberto Cláudio. Os dois já iniciaram o processo de distanciamento e envio de sinais claros de dureza nos ataques nas redes sociais, mas ainda se poupam em entrevistas. 

Deputados federais e estaduais tentam, de todas as formas, uma contenção para evitar o pior: o ataque final entre as duas lideranças e o desfecho sem volta. Os parlamentares miram o segundo turno. Os dois partidos precisam se unir em provável pleito, na avaliação dos deputados, para poderem competir contra o Capitão Wagner, que se mantém forte na disputa.

Faltando pouco mais de 30 dias para a eleição, o clima pode ficar ainda mais acirrado entre PT e PDT. Nas próximas horas, pesquisas do IPESPE e IPEC, ex-Ibope, darão sinais mais claros do cenário eleitoral no Ceará, aferindo se o racha valeu à pena para o PT ou PDT.