sábado, 27 de agosto de 2022

Agronegócio reage a ataques de Lula no Jornal Nacional

O ex-presidente Lula, durante entrevista ao <i>Jornal Nacional</i>, da TV Globo - 25/08/2022 | Foto: Luis Pedruco/Estadão Conteúdo

Uma das entidades que manifestaram repúdio às declarações do ex-presidente foi a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. Criado em 1932, o grupo representa 22 mil produtores rurais brasileiros e tem mais de 20 escritórios no país. “O candidato mentiu ao induzir e afirmar que os produtores são ‘a favor do desmatamento'”, rebateu a associação. “A pecuária e a agricultura brasileiras são reconhecidas pela importância fundamental para a segurança alimentar do mundo. Dedicamos a vida para assegurar a sobrevivência da humanidade.”

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), que fala em nome de sindicados do Estado, engrossou o coro de descontentamento com o ex-presidente: “Ao qualificar o agronegócio como ‘fascista’, o candidato demonstra um completo desconhecimento da realidade e da grandeza de um setor que gera milhões de empregos e traz bilhões em divisas ao Brasil”.

“Diferentemente do candidato, que nega o assalto aos cofres públicos da nação quando esteve no poder — crime confessado por seus partidários —, os produtores rurais que fazem o agro brasileiro são trabalhadores incansáveis”, observou a Faec. “As palavras do candidato não mudarão a realidade. Ao mesmo tempo em que repudia suas declarações contra o agronegócio, a Faec conclama o candidato a deixar quem quer produzir e gerar renda em paz.”

Fundada em 1919, a Sociedade Rural Brasileira também se manifestou. “Não podemos deixar que os produtores rurais sejam confundidos com criminosos”, informou, ao rebater as falas de Lula em defesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “O MST liderou invasões não apenas a propriedades rurais em diferentes regiões do Brasil, mas também a centros de pesquisa de empresas e instituições que são referência mundiais para o desenvolvimento da agropecuária.”