sexta-feira, 15 de julho de 2022

PDT fechou o cerco e vai para a disputa


“A política é como uma porteira que se abre para receber visitas”. Assim, o homem do sertão define seu sentimento pela discussão eleitoral nos municípios, no Estado e no País. A frase tem autor: Miguel Arraes. À luz das contradições, se afirma, também, que “politica é para corajosos, gente decidida que ganha respeito nas atitudes”, declarou Manoel de Castro, ex-governador e líder político do Vale do Jaguaribe. “A política e a diplomacia seguem a mesma estrada”, disse Fernando Henrique Cardoso. “Chegará a hora da decisão e ela poderá receber influências externas”, disse Cid Gomes, em encontro regional do PDT. Aliás o último, por conta da crise. Os próximos serão programados. 

Ao olhar para seu histórico, o PDT do Ceará lançou o desafio ao PT de seguirem juntos ou romperem. “Não aceitamos a intervenção de outro partido nas decisões do PDT”, disparou o presidente do PDT, deputado federal André Figueiredo. “A Izolda é governadora, foi minha companheira por sete anos e merece seguir no cargo”, disse Camilo Santana, ao abrir publicamente sua opinião sobre a sucessão no PDT. O antagonismo se tornou público. O tempo pode ser o senhor da continuidade ou sepultamento de um casamento de 16 anos. 

Tasso Jereissati, em 1987, pediu ao ex-governador Lúcio Alcântara para indicar o secretário de Indústria e Comércio. O indicado foi o economista Pedro Brito, então estrela do BNB, que procurou Jereissati. Na conversa, Brito pediu para ser secretário da Fazenda. Tasso disse que depois ligava. Brito aguarda, até hoje, a ligação e Lúcio Alcântara perdeu a indicação. A política é feita de atos e decisões. 

Gonzaga Mota e Lúcio Alcântara conhecem o veneno do rompimento. A história conta com uma frase genial de Virgílio Távora: “Todo político tem que estar preparado para o período fora do poder”.  A lição vale para governistas e oposição que estão fazendo política com ódio, sem pensar no futuro da sociedade.