quarta-feira, 11 de maio de 2022

O fim das lagoas e dunas que deram lugar a favelas e mansões


Existem estudos que demonstram claramente a morte de lagoas em Fortaleza. Pior: cederam o espaço para surgimento de favelas e, nas áreas nobres mansões, em lugares a céu aberto, de uma canetada só. Com chuva forte, hoje, as lagoas ressurgem dentro das comunidades, como se quisessem reaver o espaço tirado, mostrando a exuberância da natureza. 

As poucas lagoas que estão vivas e protegidas são frutos da luta de ambientalistas e do próprio poder público, porque os invasores não fizeram nada. Aí, também, incluídos os que fazem a serventia para a especulação imobiliária. 

Os descascadores estão, agora, destruindo o que existe de dunas na Região Metropolitana e em toda extensão do litoral. Áreas de Proteção Ambiental encolhem. É como se as placas que demarcam as áreas caminhassem para trás, configurando um crime sem proporções. 

Exemplo claro da grilagem foi o Parque do Cocó, que levou tempo para ser regularizado oficialmente. Há cinco anos, o ex-governador  Camilo Santana, para evitar as invasões, mandou passar quilômetros de cercas. 

Os deputados e vereadores pouco se importam com o tema meio ambiente, proteção de lagoas e dunas. São sempre pautados pelo dinheiro público e esquecem as pessoas e a natureza. Os vereadores de Aquiraz são exemplo: nunca debateram o futuro do Porto das Dunas, os morros de areia do Aquiraz, Cascavel, Beberibe, Cumbuco ou Jericoacoara. A ação do homem está corroendo nosso litoral. O único agente público que toca no tema é o vice prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, abnegado e apaixonado pela natureza, que pratica esporte nas praias de Fortaleza.