quarta-feira, 27 de abril de 2022

Deputado Salmito diz que tem grupo político no Ceará que nasceu cometendo crime


Durante a sessão plenária híbrida da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (20/04), o deputado Salmito (PDT) atualizou, durante o primeiro expediente, o andamento dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga o destino dos recursos das associações militares.

Segundo explicou o parlamentar, o primeiro momento da CPI foi para colher as devidas informações e dados para o desenrolar da investigação, “de forma cuidadosa e detalhada”. “É a partir desses dados que fazemos uma investigação cuidadosa, sem expor a imagem ou a honra dos envolvidos. No entanto, houve parlamentar declarando que o trabalho da CPI não era sério e que era politicagem”, pontuou. 

De acordo com o deputado, na atual fase, porém, o colegiado confronta as informações analisadas em documentos e dados do primeiro momento e o que é dito pelos depoentes. Salmito ressaltou ainda que essa fase é importante pois é nela que contradições começam a surgir. “Além das contradições, começam a surgir as ilicitudes e ilegalidades. Os militares são importantes e têm nosso respeito e reconhecimento, mas há aqueles que rasgam o juramento que fizeram e se envergam contra o que se comprometeram. 

“Tem grupo político aqui no Ceará, e isso é público e notório, e eu quero ver se nega, quero ver se tem a coragem de negar, que nasceu na política cometendo crime e colocando a população como refém, colocando, inclusive, os seus colegas militares em uma situação vexatória. Alguns deles estão arrependidos porque perderam o emprego, porque não sabiam, porque foram ludibriados, porque foram enganados”, pontuou o deputado.

Salmito complementou sua fala lamentando a situação difícil que o colega deputado Soldado Noélio tem para administrar. “ Quando assumem o mandato de vereador, deputado estadual, deputado federal, pretendendo outros mandatos, inclusive majoritários, aí fica dividido porque começa a perceber que o Código Penal Militar não permite (o motim) e que colocar a população como refém não pega bem”.

Segundo lembrou Salmito, um ex-diretor de uma das associações declarou, em depoimento na reunião da CPI realizada na terça (19), que as decisões dessa associação partem de um núcleo político. O deputado ressaltou, porém, que as associações devem possuir caráter recreativo, de auxílio jurídico ou de saúde, mas não podem agir como sindicato ou ter ligação política.