quinta-feira, 17 de março de 2022

Os desafios para montar um partido


O deputado Capitão Wagner reuniu a imprensa, colocou ao seu lado membros do MDB, PSDB e PL, aliados de sempre na oposição, e anunciou que foi “escolhido para presidir o União Brasil no Ceará”. Informou que sua indicação e nomeação como presidente da comissão provisória estava a caminho do TSE”. O fato político tem relevância. “Pela primeira vez, terei um bom tempo de rádio e TV”, desabafou, alfinetando adversários. O processo eleitoral é construído através dos partidos, um cartório montado pelos próprios deputados e senadores, em diálogo com o Tribunal Superior Eleitoral.   

Construir um partido político nos municípios não é tarefa fácil. Wagner vai enfrentar uma temporada de dificuldades, acomodando aliados. “Para não prejudicar o vereador Ronaldo Martins, candidato a deputado federal, vou tirar minha mulher Dayana do Republicanos e filiar ao União Brasil”, disse o líder das oposições. Em outro momento, informou que partidos de oposição devem lançar candidatos, outro fator de dificuldades. 

A deputada federal Gorete Pereira, experiente no campo da articulação, garante que está no jogo político a disputa pelo controle do União Brasil. “O Wagner não precisava fazer isso”, disse a deputada, sinalizando um quadro de indefinição. “Será feita uma pesquisa eleitoral, para aferir nomes ao governo e potencial eleitoral para a Câmara Federal”, pontuou.

De qualquer forma, é importante o debate eleitoral, o embate político, a disputa nas redes sociais e a ampla discussão sobre o futuro do Ceará. Os partidos foram constituídos para cumprir o papel democrático de prover a sociedade de propostas, projetos e ações que construam uma vida melhor. Ao eleitor, cabe observar e decidir, da melhor forma, um projeto de avanço social, econômico e gerador de oportunidades.