domingo, 27 de março de 2022

Em dois anos, 314 jornalistas mortos pela Covid-19


Em 699 dias de pandemia, contados de abril de 2020 a fevereiro de 2022, 314 jornalistas brasileiros morreram em decorrência da Covid-19, perfazendo a média de uma morte a cada dois dias. Os dados são do Relatório sobre jornalistas vítimas de Covid-19 no Brasil produzido pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por meio de seu Departamento de Saúde e Segurança, atualizado neste mês de março. O elevado número de óbitos entre a categoria colocou o Brasil na posição de país recordista de mortes de profissionais de imprensa por Covid-19, em todo o mundo, seguido pela Índia, Peru e México, segundo dados do portal Press Emblem Campaign.

Deve-se ressaltar, no entanto, que após o início da campanha de vacinação, o número de óbitos caiu expressivamente. Nos dois primeiros meses de 2022 foram registrados 11 casos, contra 42 do mesmo período do ano anterior. Segundo o diretor do Departamento de Saúde e Segurança, Norian Segatto, na busca de informações para atualizar o Relatório notou-se casos de óbitos por causas como pneumonia e AVC (pelo menos quatro casos em 2022). Ele chama a atenção para o fato de que essas mortes podem estar associadas a sequelas da Covid-19, mas não foi possível averiguar se as vítimas tiveram histórico de contaminação. Por isso, os casos foram relacionados na lista geral, mas não entraram no cômputo geral.

O Relatório da FENAJ é elaborado a partir de dados obtidos diretamente em jornais, sites e blogs de todo o país, informações fornecidas pelos Sindicatos de Jornalistas nos estados ou vindas diretamente de colegas de profissão. Norian afirma que, mesmo com o esforço de uma pesquisa ampla e abrangente, é plausível imaginar que os números estejam subestimados e não reflitam integralmente o tamanho da tragédia dentro da categoria.

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