A pesquisa CNT caiu como uma bomba no escritório político do partido Podemos, que cuida da imagem do pré-candidato Sérgio Moro. O ex-juiz da Lava Jato derreteu como sorvete no verão. Ele desinchou de 9% para 5% e viu Ciro Gomes crescer de 4% para 7%. A pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) tem o ex-presidente Lula na dianteira, com 43%, e Bolsonaro, com 28% das intenções de voto.
João Santana, marqueteiro de Ciro Gomes, recebeu a confirmação do seu crescimento. O IPESP, ex-Ibope, já havia apontado na sua última pesquisa o crescimento das intenções de voto para o candidato do PDT, o que demonstra que ele pode ser a opção de terceira via, apesar da distância de 21% para alcançar Bolsonaro.
Até o dia 2 de outubro, tem muito tempo. Estamos na pré-campanha, época de troca de partido, formação de federação partidária e de muita articulação para composições políticas. A campanha só começa em junho, após definições de alianças que serão homologadas nas convenções, a partir de julho.
A pré-candidatura de Ciro Gomes se distancia de Sérgio Moro, apontando claramente para uma busca do eleitor por um nome opcional aos candidatos que lideram as pesquisas. Lula e Bolsonaro estão no topo, mas são rejeitados, com índices acima de 60%, com pouco mais de 15% de eleitores na intenção de votos definida e cerca de 70% de indecisos ou ainda sem interesse na eleição de outubro.
De qualquer forma, pelo impressionante crescimento de Ciro Gomes, seus companheiros de partido, assessores, eleitores e seguidores estão vibrando. Foi o melhor resultado, após a entrada de Moro no processo eleitoral. Ciro voltou ao seu patamar de votos e, agora, espera decolar.