sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Justiça Eleitoral e Supremo Tribunal Federal abrem investigação por campanha eleitoral antecipada de Bolsonaro

 


O Tribunal Superior Eleitoral, TSE, e o Supremo Tribunal Federal,  abriram investigação sobre  gastos públicos para financiar viagens, contratação de palanques, trio elétrico, combustível, alimentação, confecção de propaganda e contratação de seguranças pelo presidente Bolsonaro, principalmente para os ato do 7 de setembro, cuja multidão não teria ido de forma  espontânea e sim remunerada. 

O TSE decidiu mirar no presidente Bolsonaro por conta das sucessivas participações dele em atos públicos que concentram muitas pessoas que fazem longos deslocamentos.  As motociatas, atos considerados comícios, e gastos com internet. Já o STF quer saber de onde partiram os recursos para bancar as “festas” do presidente pelo país em roteiro político. Deputados e senadores se juntaram e pediram a investigação para cessar a preponderância de Bolsonaro em relação a outras pré-candidaturas.

Em resposta ao TSE, o presidente Bolsonaro disse, em solenidade no  Palácio do Planalto, que “querem calar o povo”.  Sorrindo, o presidente da República foi além, ao defender as fake news. “As fake news são mentiras, mentiras fazem parte da nossa vida. Quem não já contou uma mentirinha para a namorada? Eu nunca menti para a Michele!”, ironizou. As declarações foram uma resposta ao presidente do Senado, que devolveu uma Medida Provisória que praticamente acabava com todos os crimes nas redes sociais, como o crime por difamação. 

O Brasil, por ser um país com 90% de sua população vivendo na linha da pobreza, é o paraíso para crimes cibernéticos e fake news. O Congresso e o STF pensam de forma contrária do Chefe do Executivo brasileiro. Bolsonaro olha para o contador de seguidores nas redes sociais e pouco se importa se o pão está caro ou se o trabalhador terá gás para cozinhar o feijão. Com seguidores o abandonando, Bolsonaro usa a tática de jogar no colo do Congresso e do STF seus projetos para atender internautas, sabendo que serão vetados ou devolvidos, garantindo o desgaste aos demais poderes.

O presidente da República ainda se diverte com suas aventuras e passeios políticos pelo Brasil, porque o Centrão está respaldando, mas não se sabe até quando. A investigação sobre os atos de pré-campanha podem criar um ambiente mais preocupante para assessores que venderam ao chefe da nação a ideia na qual ele pode tudo, inclusive usar aviões, helicópteros, o cartão corporativo, para atos políticos. Pior cenário não poderia ter surgido, o TSE e o STF quando abrem processos vão até o fim. O roteiro com final completo são do conhecimento da nação. Perguntem ao Collor e à Dilma. 

Do ponto de vista do complexo cenário econômico, o Brasil está exposto à maior onda de alta de preços desde a implantação do Real, que conteve a inflação. Essa pauta é perigosa e abismo para fazer qualquer governo afundar. O povo até suporta o bate-boca político, mas não perdoa falta de emprego e comida no prato.