terça-feira, 3 de agosto de 2021

Ceará Credi: empréstimo concedido a empreendedores injeta recursos nos municípios cearenses

 


Criado com o objetivou  de diminuir os impactos financeiros nas famílias após a pandemia do Covid-19 e hoje estabelecido como política pública do Governo do Estado, o Ceará Credi deu início à concessão dos primeiros empréstimos e já gera expectativas positivas nas alternativas econômicas para os municípios cearenses.


A necessidade de reinvenção e a coragem para abrir um novo negócio foram alguns dos sentimentos despertados aos atingidos economicamente pela pandemia. É o caso de Daiane Débora Gonçalves, de 30 anos. Formada em administração de empresas, foi no curso de estética que a moradora de Itapipoca se encontrou e trabalha há oito anos, hoje como autônoma.

Daiane Débora pretende abrir seu próprio negócio.“Tive algumas oportunidades de montar um negócio, mas tinha medo de fazer empréstimos devido às taxas altas de juros. Aí veio a pandemia e fiquei um tempo parada. Foi quando vi a proposta do Ceará Credi para colocar meu próprio negócio. Vou me reinventar para dar certo”, afirma a profissional, que obteve R$ 3.500 aprovados pelo programa para investir em cadeiras, espelho e produtos de qualidade. De acordo com ela, a oportunidade é vista como um pontapé inicial para a abertura do próprio negócio.


Outras 351 pessoas do município de Itapipoca foram cadastradas no programa Ceará Credi. O número é composto por 48% de mulheres, 45% de homens e 6,5% não identificaram o gênero. Do total, 82% são informais e 18% microempreendedores individuais (MEI). Com PIB per capita de R$ 12,8 mil, Itapipoca tem média salarial mensal de R$ 1,5 mil dos trabalhadores formais. O setor de serviços é considerado a maior parte da atividade local, com 43% da parcela total. 


Neste cenário, uma das alternativas de trabalho e renda são os pequenos negócios, destacando-se a importância do acesso ao crédito por parte de empreendedores dos diversos ramos de atividade.

Com PIB per capita de R$ 8,1 mil, Canindé tem média salarial mensal de R$ 1,8 mil dos trabalhadores formais. A cidade conta com 915 inscritos no Ceará Credi, sendo 59% por mulheres, 40% homens e 1% não marcou a opção. Do total, 80% são informais e 20% microempreendedores individuais.


A confeiteira Maria Rosimere, moradora de Canindé, foi outra prejudicada nos primeiros meses da pandemia ao deixar de receber encomendas. Depois de ver a renda familiar despencar, foi no Ceará Credi que a profissional do ramo de bolos e doces encontrou a solução para alavancar o negócio.